Araucárias: Uma Joia da Biodiversidade
O legado verde das matas subtropicais
• Nome científico: Araucaria angustifolia.
• Popularmente conhecida como pinheiro-do-paraná.
• Árvore nativa da Mata Atlântica, especialmente das regiões sul e sudeste do Brasil.
• Pode alcançar até 50 metros de altura e viver por séculos.
As araucárias são símbolos culturais e econômicos das regiões sulinas do Brasil, com o pinhão sendo destaque na culinária local. Sua madeira foi intensamente explorada, levando a um risco de extinção. Hoje, restam apenas fragmentos das florestas originais, e esforços de conservação, como reflorestamento e proteção legal.
Importância Ecológica e Curiosidades
•Fornece abrigo e alimento para diversas espécies, como a gralha-azul, Papagaio-do-peito-roxo, Tucano-de-bico-verde, Pombas e aracuãs, Cutia, Paca, Quati, Bugio, Porco-do-mato, Ratos silvestres..
• As sementes (pinhões) são ricas em nutrientes e essenciais para a fauna local.
•Contribui para a manutenção dos ecossistemas subtropicais.
• O ciclo de vida das araucárias é longo, com maturação reprodutiva apenas após décadas de crescimento.
As araucárias são essenciais para os ecossistemas subtropicais, fornecendo alimento e abrigo para a fauna local. Suas sementes, os pinhões, são dispersas por aves como a gralha-azul, tradicionalmente reconhecida por contribuir para a regeneração da espécie. No entanto, estudos e relatos históricos indicam que, muito antes da ação dessas aves, foram os povos indígenas do sul, por exemplo os Kaingang, os verdadeiros disseminadores da araucária. Sua relação ancestral com a floresta, baseada no manejo e na dispersão intencional das sementes, foi fundamental para a expansão e permanência dessa espécie que hoje simboliza o bioma sulino. Com um ciclo de vida longo e maturação reprodutiva tardia, as araucárias reforçam a importância de sua preservação frente às ameaças ambientais e da valorização dos saberes originários que garantiram sua existência.
